domingo, 7 de julho de 2019

CIGANA ROSA DOS VENTOS - história de sua chegada na minha vida



Há 20 anos quando tive o privilégio de receber pela primeira vez, a cigana que me acompanhava deis de quando nasci, fiquei super feliz em saber que finalmente ela tinha vindo. Mas fiquei triste pois minha mãe de santo na época me questionou sobre o nome dela.
 Afinal essas cigana deveria ser de alguém de Iansã, ou de Oxum, mas de Oxalá... isso ta errado.
Nossa fiquei triste com este comentário, pois deis de criança aquela cigana sempre esteve ali comigo, me ensinando a ler as cartas, as runas, me intuído as coisas até a quiromancia foi basicamente ela quem me ensinou, e quando finalmente ela vira em minha cabeça e taz o nome dela.
E um nome de uma entidade de Ianã!
Procurei está senhora na internet e NADA  absolutamente nada existia sobre ela, livros de umbanda, e NADA, nonhuem falava dela. Com isso aprendi muito sobre o povo cigano e muitas histórias deles, e continuei a trabalhar com ela aprendendo dela somente o que ela permitia o que me falassem.
Até que um dia recebi um recado dela.
Ela mandou um carbono dizer:
Que ela não era de Iansã, de Oxum ou de outros orixás, que ela era cigana, que a ligação dela comigo não tinha a ver com o orixá, que ela respeitava sim o meu orixá e que na minha cabeça ela tinha respeito a ele, e por isso seria na minha cabeça cigana de oxalá, mas que os ciganos não são ligados aos orixás pelos nomes que trazem e que o nome dela não é Rosa dos Ventos por causa do vento de Iansã, segundo ela o nome dela e relacionado a estrela que se encontra dentro da bússola a qual se chama Rosa dos Ventos. Ela falou também que eu parasse de procurar por ela, pois no tempo certo ela esclareceria todas as minhas dúvidas e que o rosto dela o qual eu tanto busca da chegaria em minhas mãos.
Tempos depois eu ganhei de uma moça do meu trabalho 2 quadros de madeira de 2 pretos velhos, e deixei no meu carro, no final de semana seguinte fui a casa de uma mãe de santo conhecida e ao chegar lá vi uma pilha de papéis e no meio deles uma madeira velha me chamou atenção, eu coloquei a mão sob a madeira e perguntei pra ela o que era aquilo. Ela respondeu que não sabia que era um monte de coisas que ela iria jogar fora. 
Foi quando por um impulso eu disse NÃO esse aqui é um quadro, e fui puxando, e é o quadro da minha cigana, e terminei de puxar, quando virei realmente era um quadro de uma cigana. Quando ela viu ela se assombro e disse: Menina  ainda bem que você pegou esse quadro dai  eu já ia jogar fora... esse quadro foi um cigano que me deu, e ele me disse que um dia eu teria de dar ele para uma moça, e que essa moça teria algo que me interessaria.
Eu pensei, E agora!!! 
Bom eu tenho no carro 2 quadros a senhora quer ver?
Foi mal eu retirar e ela já puxou da minha mão e abraçou o quadro.
 Nossa o quadro do meu preto velho entalado na Madeira super raro ninguém tem como este eu preciso dele! Quanto você quer  nele?
Eu só quero o quadro da cigana, pode fuçar com ele.
Ela disse: Nunca que eu imaginaria que seria você Pri, que iria pegar esse quadro até porque ninguém sabe quem é essa cigana, e eu não perguntei ao moço que me deu.
E eu respondi: Não precisava perguntar, pois é assim que ela gosta de que as coisas acontecem, trama das com o destino e tudo no tempo que tem que ser, o dia desse quadro chegar em minhas mãos era hoje é eu já sabia o nome dela, pois ela mesma me falou, o nome dela é  Rosa dos Ventos, a cigana que me acompanha deis de quando nasci.
AH nessa época eu encontrei sim somente um senhor que falava dela em poemas e segue a que um poema dele feito para ela :
Menssagem escrita para ela:

Não foi por acaso que o meu sangue que veio do Sul se cruzou com o meu sangue que veio do Norte.

Não foi por acaso que o meu sangue que veio do Oriente se cruzou com o meu sangue que veio do Ocidente.

Não foi por acaso nada de quem sou agora.
Em mim se cruzaram finalmente todos os lados da terra.

A Natureza e o Tempo me valeram:
séculos e séculos ansiosos por este resultado
um dia e até hoje fui sempre futuro.

Faço hoje a cidade do Antigo
e agora nasço novo como ao Princípio:
foi a Natureza que me guardou
a semente apesar das épocas e gerações.
Faço hoje a cidade do Antigo
e agora nasço novo como ao Princípio:
foi a Natureza que me guardou
a semente apesar das épocas e gerações.

Cheguei ao fim do fio da continuidade
e agora sou o que até ao fim fui desejo:
o Centro do Mundo já não é o meio da terra
vai por onde anda a Rosa dos Ventos
vai por onde ela vai anda por onde ela anda.

Agora chego a cada instante pela primeira vez
à vida já não sou um caso pessoal
mas sim a própria pessoa.

Texto de José de Almada Negreiros